O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que
no fim de semana concedeu uma entrevista prevendo que será chamado em
breve a salvar o País, foi abandonado à beira da estrada.
Nos últimos dias, três movimentos
simultâneos praticamente liquidaram a possibilidade do golpe contra a
democracia, que vinha sendo tramado e liderado por aliados de Aécio.
O primeiro ato se deu no encontro
entre João Roberto Marinho, um dos sócios da Globo, e senadores
petistas, quando ele afirmou que o sucessor de Dilma será aquele que
conseguir se eleger em 2018 Mais do que respeitar o calendário eleitoral e abandonar o golpe, a
Globo também rifou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos
Deputados, que seria peça-chave na orquestração golpista.
O segundo ato partiu daquele que, no
PSDB, reúne hoje as melhores condições para se colocar como candidato
natural do partido: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ontem,
ao participar de uma homenagem ao ex-governador pernambucano Eduardo
Campos, ele afirmou que 'a questão do impeachment não está colocada'.
Não é exatamente o que pensam
tenentes aecistas, como o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o senador
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), mas o fato é que a opinião de Alckmin tem
muito mais peso.
Por último, o terceiro ato ocorreu
na noite de ontem, quando, em sintonia com o ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), lançou a chamada
"Agenda Brasil", um pacote de reformas de longo prazo, que sinalizam a
retomada da governabilidade e da responsabilidade fiscal.
Os três movimentos, simultâneos,
podem ser resumidos numa frase: Dilma fica, terá condições de governar e
Geraldo Alckmin será o candidato do PSDB em 2018.
colaboração 247
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