As pessoas que não enxergam cores ou
daltônicos foram a inspiração das estudantes Paloma Bellatrix e Bianca
Ochsenhofer do curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica, da
Fundação Educacional Inaciana (FEI) em São Bernardo do Campo para criar um
semáforo que funciona (muito bem) para quem não enxerga.
Hoje a legislação brasileira impede
que pessoas com dificuldade para identificar as cores do semáforo dirijam.
Mesmo assim, muitos daltônicos (os principais afetados pela regra) tiram
carteiras de habilitação e dirigem todos os dias por aí.
A ideia surgiu quando um amigo das
estudantes comentou que, apesar de ser daltônico precisava encarar o trânsito.
No entanto o motorista tinha dificuldade para identificar os estágios do
semáforo (verde, amarelo e vermelho); isso porque os equipamentos na cidade de
São Caetano, onde ele dirige, são posicionados na horizontal, o que dificulta a
observação do motorista daltônico.
Para responder a este tipo de
necessidade as estudantes criaram o “Detector de estado de semáforo”.
O protótipo mostra para o motorista,
de forma escrita, o estado do semáforo.
A criação funciona a partir de dois
circuitos: o primeiro fica no próprio semáforo, de onde os estados são enviados
via wireless (internet sem fio) para um segundo circuito, que é fixado no carro
e serve para captar os sinais e decodificá-los. Para evitar transtornos em
cruzamentos, o sensor do carro identifica a posição do veículo em relação ao
norte magnético da Terra e, baseado nisso, decide de qual dos semáforos vai
captar a informação.
As engenheiras pensam em melhorar o
protótipo e colocá-lo no mercado, mas ainda faltam patrocinadores ou empresas
que invistam na ideia..
Fonte: Revista Super Interessante
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