Conforme informações postadas no site Brasil 247, nesta quinta-feira (6), "os deputados federais Luciana
Santos (PCdoB-PE), Alice Portugal (PCdoB-BA), Henrique Fontana (PT-RS),
Érika Kokay (PT-DF), Pedro Eugênio (PT-PE) e Luiz Couto (PT-PB) e o Fórum
Nacional pela Democratização da Comunicação entraram com uma representação na
Procuradoria Geral da República (PGR) contra o jornalista Diogo Mainardi pela
prática de declarações racistas e discriminatórias contra o povo nordestino.
No dia 26 de outubro, após o resultado que confirmou a
reeleição de Dilma Rousseff na Presidência da República, o programa Manhattan
Connection, transmitido pela Globonews, veiculou comentário de Mainardi se
referindo à população nordestina como “bovina”. O jornalista disse ainda que o
povo era “retrógrado”, “subalterno e “pouco educado”. No último domingo (2), o
comentarista de política chegou a se retratar e disse que queria se referir, no
calor das declarações, ao apoio maciço da população da região à Dilma.
Para a deputada Luciana Santos, Mainardi incitou a
“violência e a intolerância” com seu comentário. “Este tipo de comentário ajuda
a disseminar atitudes discriminatórias, como essas que temos visto. Por isso,
achamos importante a investigação e punição. Preconceito é crime e não pode ser
confundido com liberdade de imprensa”, alega.
A representação pede que o jornalista seja investigado
“pela prática do crime de racismo, agravado por ser cometido através de meio de
comunicação social, tipificado no art. 20, §2º da Lei 7.716/1989”. No dia da
veiculação do comentário, a Globonews tinha aumentado em mais de 200% sua
audiência – em relação ao domingo anterior – por conta divulgação de
informações sobre o resultado do pleito.
De acordo com o
documento, os parlamentares requerem ainda a responsabilização solidária da
Globo Comunicação e Participações S.A. por dano moral coletivo, por
instrumentalizar a ofensa à sociedade e ao convívio social; além da retratação
pública do canal Globonews e a veiculação em sua programação de mensagens sobre
igualdade regional, o povo nordestino e o nordeste.
Os procuradores
Aurélio Rios e Peterson de Paula receberam o documento e se comprometeram a
tomar as medidas cabíveis".
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