A onda de
rejeição aos partidos políticos nas manifestações que ocorrem em
todo o País tomou proporções maiores do que posicionar-se ou não
como apartidário. Questionados sobre a falta de unidade dos
movimentos, que já chegou a gerar conflitos internos, sociólogos
alertam que a sociedade reivindica uma nova forma de fazer política
que reflete uma total descrença com o status quo. Os especialistas
acrescentam que é como "se o discurso da classe política fosse
se esvaziando" e quem sofre as consequências diretas desse
descrédito são as agremiações.
Várias pessoas foram expulsas das manifestações por levantarem bandeiras das legendas às quais são filiadas. Alguns desses símbolos chegaram a ser queimados nos atos. Nas redes sociais, tais atitudes têm motivado intenso debate entre os que se colocam como apartidários e uma parcela que, mesmo não sendo filiada a nenhuma sigla, defende que os partidos tenham o direito de apoiar as movimentações.
Várias pessoas foram expulsas das manifestações por levantarem bandeiras das legendas às quais são filiadas. Alguns desses símbolos chegaram a ser queimados nos atos. Nas redes sociais, tais atitudes têm motivado intenso debate entre os que se colocam como apartidários e uma parcela que, mesmo não sendo filiada a nenhuma sigla, defende que os partidos tenham o direito de apoiar as movimentações.
O mestrando em sociologia da Universidade Federal do Ceará Ricardo Kaminski, explica que a aversão da maioria dos participantes a partidos expressa a falta de identificação social com os representantes políticos, em especial do Legislativo. Partindo dessa interpretação, mesmo as legendas que fazem oposição ao Governo, como PSOL e PSTU, são associadas a essa lógica de disputa de poder. "Há uma descrença generalizada com o sistema representativo e os partidos políticos estão dentro dessa lógica", aponta. (informações dia DN)
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