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2 de dezembro de 2010

UMA MOEDA SE PAGA COM A OUTRA: PREFEITO DE GRANJA DEIXA TASSO DE SAIA JUSTA

Foto: democraciapolitica.blogspot.com
Após os fracasos e derrotas do PSDB no âmbito nacional e estadual, prefeitos cearenses estão em pé de guerra com as lideranças maiores do partido no Estado.

É que durante o processo eleitoral/2010, muitos tucanos entre os quais vereadores, prefeitos e deputados,  não obedeceram as diretrizes partidárias e nem tampouco marcharam com os candidatos apoiados por Tasso Jereissati e outras lideranças. 

Muitos já migraram para base de apoio ao governador reeleito Cid Gomes. Outros, estão de mala e cuia para saírem. E isso, está gerando um "inferno astral" dentro do PSDB cearense.

A prova disso é o prefeito de Granja, Esmerino Arruda, ao falar da determinação da direção tucana de punir os aliados infiéis da última campanha. O prefeito alfinetou o líder cearense, derrotado no senado. "Que seja punido Tasso, ele apoiou o Cid em 2006".   

Para quem não sabe, o prefeito de Granja está no rol dos acusados de infidelidade. Mesmo PSDBista, apoiou Cid Gomes e não omitiu o fato.  

"O esvaziamento do PSDB reproduz o que aconteceu com vários outros partidos no Ceará. O PMDB já foi um gigante no Estado. Antes dele, o maioral era o falecido PDS. Quando, em 1989, o então governador Tasso Jereissati deixou o PMDB a favor do PSDB, a nova sigla passou de um pequeno amontoado de “sem-mandatos” para ser o maior partido do Ceará. E assim o foi durante 20 anos. Embora as regras de fidelidade dificultem as grandes revoadas, é fácil prever que o PSB será o novo gigante partidário do Ceará. Talvez já o seja. Se não o é, passará a ser a partir das eleições municipais de 2012. Mesmo com a regra da fidelidade em pleno vigor, continuamos com um velho problema: temos um sistema partidário fluido que e se amolda às circunstâncias do poder", como diz Fábio Campos em seu blog. 

Campos conta que "O PSDB elegeu oito deputados federais para a próxima legislatura. A metade está determinada a continuar fazendo o fez nos últimos quatros anos: apoiar o governador Cid Gomes (PSB). O que acontece com o ex-maior partido do Ceará é a crônica do definhamento anunciado. O PSDB vai continuar perdendo massa muscular porque deixou de ter o poder nas mãos no âmbito nacional e estadual. Antes, isso (a perda de massa) costumava acontecer de forma rápida. Hoje, em função das regras da fidelidade partidária, o esvaziamento da sigla que perdeu o poder se dará de forma diferente. Pela regra, os mandatos pertencem ao partido. Portanto, não se muda de sigla num piscar de olhos. Digamos que o PSDB do Ceará feche questão e determine que a sigla fará oposição a Cid. Assim, a bancada estaria obrigada a seguir essa determinação. E se parte dela não seguir? Restaria ao PSDB duas opções. A primeira: tolerar a indisciplina e fazer vista grossa se desmoralizando mais ainda. A segunda: expulsar os desobedientes. Por essas e por outras, joguem suas fichas na tese de que o PSDB vai empurrar com a barriga e liberar a bancada na Assembleia".
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