O feitiço parece mesmo ter virado contra o feiticeiro. A mídia levou ao
conhecimento desta segunda-feira (23) um áudio em que Romero Jucá, Ministro do
Planejamento, (foto) sugere um pacto para deter a Lava Jato e ainda reforça o
impeachment de Dilma Rousseff, usado como moeda de troca para blindar políticos
do alcance da Lava Jato.
Partido atingido em cheio pelas investigações do esquema de corrupção da
Petrobras, o PT diz estar estudando as medidas jurídicas cabíveis.
"São fatos de extrema gravidade, que reforçam a nossa convicção de
que esse processo de impeachment é todo nulo e viciado. Na nossa opinião, os
fatos se encaixam na tese de que há uma organização criminosa que atuou nesse
processo com o objetivo de salvar o Eduardo Cunha [presidente afastado da
Câmara] e os mandatos de políticos e partidos investigados na Lava Jato",
afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), escalado para falar pela bancada do
PT na manhã desta segunda.
Pimenta critica ainda a Procuradoria-Geral da República, que segundo
ele deveria ter tornado público o áudio antes da votação do pedido de
impeachment de Dilma na Câmara (17 de abril) e no Senado (12 de maio).
"Isso pode ser encarado até como prevaricação, já que é certo que poderia
ter alterado todo o curso desse processo".
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Já o PSOL que não conhece Temer como presidente e nem os corruptos
que o acompanham, anunciou que irá apresentar ainda nesta segunda-feira (23)
representação na Procuradoria-Geral da República para que o órgão peça a prisão
de Jucá por obstrução da Justiça. O partido diz não ter dúvida de que houve uma
"operação abafa" na Lava Jato em troca da aprovação da abertura de
processo de impeachment contra Dilma.
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