16 de setembro de 2019

VEREADORES DE OLHO NA POSSÍVEL MUDANÇA ELEITORAL COM RETORNO DA COLIGAÇÃO PROPORCIONAL


16.09.2019 - Os vereadores de todo país estão na expectativa de mudanças na lei eleitoral, sobretudo no item relacionado às coligações proporcionais. Na Casa, uma das propostas mais discutidas é o retorno da coligação proporcional entre partidos para cargos legislativos. A maioria deseja o retorno ao modelo antigo, mas, para que isso seja possível, o Congresso Nacional do Brasil terá que aprovar a matéria até o final deste mês. 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconhece que há negociações no Congresso neste sentido, mas é contra a pauta. Além de aprovar o fim de coligações proporcionais para todos os cargos do Legislativo, o Congresso instituiu em 2017 uma cláusula de barreira.

— Nós fizemos uma grande reforma política, que quase ninguém viu: o fim de coligação (proporcional). Tenho medo de a gente retomar um debate. A reforma que aprovamos vai reduzir o número de partidos para oito. Aí, a partir do próximo presidente, fica tudo mais fácil — diz Maia.

— Uma eleição de vereador é diferente de deputado federal. Muitas vezes um candidato a vereador tem uma votação expressiva e, se não tiver uma coligação, não vai atingir o coeficiente eleitoral, e acontece isso em muitas cidades do Brasil. É o mais votado e não consegue o mandato. Do jeito que está, vai virar o bipartidarismo no Brasil, vai ter o partido do prefeito e o partido contra o prefeito — avalia o senador.

O senador Cid Gomes (PDT-CE) é contra a mudança nas regras de coligação. Ele diz que o PDT, seu partido, está se organizando para receber mais filiados e fortalecer a legenda.

— No Ceará, meu estado, estamos com uma expectativa de crescer. A regra é importante justamente para impedir a profusão de partidos — diz Cid Gomes.

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