13/10 - Apesar da alta tecnologia e do excesso de recursos
que a sociedade dispõe para viver, ela ainda enfrenta alguns desafios e sempre
os terá. Por séculos, o maior desafio era sobreviver, permanecer vivo entre os
animais selvagens e encontrar comida e garantir a vida por mais um dia.
Com o passar do tempo o homem aprendeu a dominar o
fogo e inventou a roda, duas conquistas que o colocou em vantagem na corrida
pela sobrevivência. Desde então, não parou mais de inventar facilidades e
ganhar conforto.
Hoje não precisamos mais fugir de grandes
predadores na natureza e nem gastar horas em busca de comida ou fazendo fogo,
porém vieram outros desafios.
O crescimento acentuado da população, a
proliferação de doenças, o consumismo, a ganância da acumulação de bens e a
dominação do homem sobre os seus próprios colegas. Para alguns destes males,
existe solução relativamente tranquila, mas tem um deles que o homem
ultramoderno não está sabendo lidar bem: que é ser ele mesmo. Manter a sua
própria identidade e ser tolerante com os diferentes.
Um exemplo disso é o momento eleitoral que estamos
passando, no qual as pessoas adotam paixões irracionais por um partido ou
candidato e, na mesma proporção, criam rejeição a outros. Quase sempre fazem
tudo sem pensar criticamente. Deixam de ver qualidade em alguns e também ficam
as cegas aos defeitos de outros, e a partir disso, cria-se uma divisão de:
“nós” e “eles”.
Devemos ser nós mesmos, acreditar e investir nos
próprios sonhos, cultivar gostos pessoais e assumir nossas diferenças mas com
respeito mútuo. Devemos valorizar o melhor de cada ser humano, aprender com ele
e também contribuir para o seu crescimento.
A capacidade de conviver com pensamentos diversos e
a paciência para dialogar, enxergando erros e acertos é o que faz a diferença,
é o que enriquece uma sociedade, é isso que promove crescimento e evolução da
humanidade.
Para deixar uma reflexão para esta semana, queria
trazer um recorte de Martin Luther King que dizia: “Aprendemos a voar como os
pássaros, a nadar como os peixes; mas não aprendemos a simples arte de vivermos
junto como irmãos.”
Rosier Alexandre
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