12/05 - O Diretório do MDB no Ceará, presidido pelo
presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB), deve apoiar a
pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) nas eleições deste ano, mesmo com as
declarações de Ciro contra a sigla emedebista. O presidenciável pedetista
declarou que não subiria em um palanque com Eunício e, em entrevistas recentes,
disse que iria trabalhar para acabar com a “quadrilha do MDB”.
No programa dessa quinta-feira, 10, os jornalistas
Luzenor de Oliveira e Beto Almeida já haviam debatido sobre o fato de a
aliança Camilo-Eunício estar em risco, justamente pela
repulsa que Ciro voltou a demonstrar com o MDB. Em entrevista nesta semana ao
Band Eleições, da TV Bandeirantes, Ciro afirmou que “com a quadrilha do MDB eu
não quero negócio”. Se depender de Camilo e Eunício, contudo, a aliança deve
prosperar, já que o governador Camilo Santana (PT) busca a reeleição e Eunício
Oliveira quer continuar no Senado Federal.
Ciro, nessa quinta, também voltou a atacar Michel Temer (MDB), após o presidente sinalizar que não vai tentar a reeleição. Em debate com presidenciáveis promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legisladores Estaduais), em Gramado (RS), o presidenciável disse que queria que Temer fosse candidato para ver o tamanho da repulsa que o povo brasileiro tem de “um golpista salafrário”.
Eunício, por sua vez, teve uma conversa com Temer em que deixou clara a rejeição a uma candidatura própria do MDB. Para o senador, não é hora da sigla lançar um candidato próprio, seja de Temer ou do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e completou que afirmando que Temer não contasse com ele nessa empreitada.
Para Eunício, em um momento complicado para a legenda, com todo o desgaste pós-impeachment, o melhor caminho seria esquecer a eleição presidencial e priorizar as candidaturas ao Legislativo e a governos estaduais.
No debate, Ciro Gomes também foi perguntado sobre a notícia de que o DEM, o PP e o PR têm cogitado um acordo com o pedetista nos bastidores, Ciro afirmou que isso é "fofoca de jornal". "Não acredito muito, não." Perguntado se, ainda assim, aceitaria o apoio destes partidos, esquivou-se: "Essa é uma pergunta hábil, mas não vou cair nela hoje." O ex-ministro dos governos Lula e FHC ainda ressaltou que o candidato a vice da sua chapa não será decidido antes junho.
Ciro Gomes demonstra não querer fechar as negociações de sua chapa antes de
junho. Prova disso, é que Ciro
se encontrou, também em Gramado (RS), com os
pré-candidatos do PCdoB e do PSOL, Manuel D’Ávila e Ricardo Boulos,
respectivamente, a quem chamou de companheiros. O PDT de Ciro também tem
avançado em negociações para firmar uma aliança com PSB, partido do ex-ministro
do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que anunciou nesta semana que não
irá se candidatar à Presidência da República.
Ceará Agora
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