01/05 - Sem
planejamento e nem modelo de política de segurança, sem metas a serem atingidas
e sem transparência nos gastos, os resultados da intervenção
federal no Rio de Janeiro, nos últimos dois meses, não são
nada animadores.
Os
índices de violência não só não caíram, como os números de casos de tiroteios
vem subindo, assim como também aumentaram os casos de chacinas. É o que aponta
o primeiro relatório do Observatório da Intervenção,
chamado À Deriva: Sem programa, sem resultado, sem rumo, divulgado
nesta quinta-feira (26) pelo Centro de Estudos de
Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (CESeC/Ucam).
Em
parceria com o DefeZap, Fogo Cruzado e OTT-RJ (aplicativos
que fazem o mapeamento dos incidentes de violência), e também a partir da
pesquisa em jornais impressos e online, e em mais de 200 páginas e perfis de
redes sociais, o Observatório monitorou 70 operações, realizadas pelas forças
de segurança entre 16 de fevereiro e 16 de abril, que empregaram mais de 40 mil
homens, deixaram 25 mortos e apreenderam 140 armas, sendo 42 fuzis.
Nesse
mesmo período, foram registrados 1.502 tiroteios em todo o estado do Rio. Nos
dois meses anteriores à intervenção, foram 1.299.
Nesses
dois meses, 52 pessoas foram mortas em 12 chacinas, algumas delas cometidas
pelos próprios policiais. No mesmo período, em 2017, foram seis casos com
múltiplas vítimas, que somaram 27 mortos.
PragmatismoPolítico
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