26/04 - Há
um ano e meio, o britânico Jaco Nel brincava com seu cachorro Harvey, um cocker
spaniel, quando notou um pequeno arranhão em sua mão.
Ele
limpou e desinfetou o corte, e continuou com seus afazeres habituais. Duas
semanas depois, ficou doente com o que parecia uma gripe.
Mas
Nel não imaginava o que estava a ponto de acontecer: uma bactéria na saliva de
seu cão provocou uma infecção que evoluiu para septicemia, uma reação
exacerbada do sistema imunológico diante de um processo infeccioso.
A septicemia é
a principal causa de morte por infecção no mundo. Nel não morreu, mas diz que
esteve “muito, muito perto“.
Como
consequência de seu choque séptico, ele passou cinco dias em coma e meses no
hospital. Perdeu as duas pernas, abaixo do joelho, e todos os dedos de uma mão.
Além disso, teve o nariz e os lábios desfigurados, o que lhe causa dificuldade
para falar e para comer.
O
caso do britânico é muito extremo, mas ele é uma das 20 milhões de pessoas que
sofrem de septicemia por ano em todo o mundo.
‘Senti
depressão e raiva’
Nel
não percebeu o quão doente estava porque, ao se sentir como se estivesse
gripado, decidiu descansar e dormiu até o dia seguinte.
“Eu
devo ter ficado muito doente, porque me sentia confuso e desorientado. Nem
escutei o telefone quando os colegas de trabalho me ligaram para saber por que
não fui“, disse ao programa Victoria
Derbyshire da BBC.
“No
fim do dia, minha mulher veio para casa e me encontrou em um estado terrível. Mas
os serviços de emergência logo se deram conta de que eram sintomas de
septicemia e começaram a me tratar com urgência assim que chegaram a minha casa.”
Fazer
o diagnóstico cedo é a chave para a recuperação da septicemia: de acordo com
vários estudos, 80% dos casos podem ser tratados com sucesso caso a infecção
seja diagnosticada na primeira hora.
PragmatismoPolítico
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