09/02 - A repercussão negativa do grande número de pessoas
na comitiva palaciana para passar o carnaval na base naval na Restinga de
Marambaia, no Rio de Janeiro, levou o presidente Michel Temer a reduzir sua
entourage de 60 para 40 pessoas. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha,
informou que Temer decidiu passar o recesso da folia com a família levando
menos funcionários, conforme orientação repassada ao Gabinete de Segurança
Institucional. Para transportar 60 pessoas, entre seguranças, cozinheiros,
garçons, copeiras,camareiras e babá, entre outros servidores, a Força Aérea
Brasileira (FAB) teria de fazer dois voos entre Brasília e o Rio. Apenas a
primeira-dama Marcela Temer chegou a pedir o acompanhamento de 20 funcionários
do Palácio do Jaburu.
“Primeiro, não vão 60 pessoas, irá um contingente menor. Quando surgiu o assunto na mídia, o presidente chamou quem organizou a caravana e pediu: “Nós vamos reduzir esse número de pessoas para o mínimo indispensável”, afirmou o ministro Padilha. Segundo ele, mais da metade desse contingente é formada por seguranças, que trabalham com o presidente em Brasília e vão juntos no avião. “O segurança não trabalha 24 horas, ele trabalha oito horas, depois oito horas, depois oito horas. Então, precisa de três pessoas para o mesmo dia”, justificou Padilha.
Mas com a nova decisão de Temer, o número de integrantes da equipe presidencial caiu para cerca de 40 funcionários. Para ele, o número de integrantes da viagem é comum nos deslocamentos do presidente e sua família. “Deve baixar para em torno de 40. Importante é que não está sendo contratado ninguém. E não é o presidente Michel Temer, é a Presidência da República. E isso já existia com outros presidentes, mas não veio a público”, afirmou Padilha.
“Na
base naval não tem ninguém, então leva cozinheiro, pessoa que cuida da
arrumação da casa. Não está contratando ninguém. É o pessoal que serve o
presidente aqui em Brasília e que vai com ele nessa viagem. Não sei porque veio
a público isso agora, porque esta é a rotina de todos os presidentes. Esse
staff acompanha todos os presidentes”, disse também.
Michel
Temer passou o réveillon de 2016 na base administrada pela Marinha, onde a
segurança fez abordagem de barcos que navegavam na região. A iniciativa foi
estratégia para garantir a privacidade de Temer e da família e evitar que
fossem fotografados durante o descanso. O presidente chegou a pensar em repetir
o destino nos festejos do último ano-novo, mas desistiu porque se recuperava de
cirurgia para tratar problema na uretra. Ele passou por três cirurgias no
último trimestre do ano: duas urológicas e uma cardíaca.
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