03/02 - Curiosa
a narrativa de Gilberto Amêndola, no Estadão, sobre “convenção” do tal “RenovaBR”, um
partideco criado a poder de dinheiro – distribuindo “bolsas” – por empresários
do mercado financeiro, realizada no “chique” World Trade Center” – que nome,
meu Deus! – no Brooklin Novo, em São Paulo.
As estrelas do espetáculo – em vídeo, naturalmente, porque já não são personagens reais, mas virtuais – foram Luciano Huck e Fernando Henrique Cardoso.
“O
que a gente precisa no Brasil é renovação”, disse o empresário-apresentador,
com o coro do ex-presidente.
Na tragicomédia brasileira, um sujeito que faz carreira, desde os tempos da “Tiazinha” como animador de auditórios e promotor de sorteios televisivos é feito de “cavalo” por outro sujeito decadente, cujo título mais importante é ser “Ex”. Ex-acadêmico, ex-socialista, ex-presidente e, ao que parece agora, ex-tucano, à medida em que vai armando o laço da traição também para o partido do qual é presidente de honra, apenas para falar em outra coisa que perdeu.
O sujeito da Globo, no intervalo entre a exploração das necessidades dos coitados que esperam ser sorteados para reformarem-lhes as casas ou consertarem-lhes os carros velhos e os passeios paradisíacos, diz que “está a fim de servir de fato” ao Brasil.
O sujeito ex-Sorbonne, do alto de seus conhecimentos sociológicos, acha que cursinhos remunerados ajudam a fazer a “renovação” da política. Nem nisso é renovação, pois os mais velhos lembram do finado Alvaro Valle e seus “cursinhos de política” – que, pelo menos, não pagavam aos “alunos” – ao som de cantos gregorianos. Quem sabe bastaria trocar por um “batidão” de balada e desse para reaproveitar.
Os dois viram que “chegou a hora da renovação”. Huck tem certeza: viu no seu Rolex, o único programa político que se conhece dele até agora.
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