13/01 - Se
ainda não há acordo de apoio mútuo, entre o senador Eunício Oliveira (PMDB)
e o governador Camilo Santana (PT) para as eleições deste ano, a tratativa
é questão de tempo, ao menos se depender de Cid Ferreira Gomes (PDT). O
ex-governador do Estado e padrinho político do atual chefe do Executivo no
Ceará mostrou novamente interesse na aproximação entre os dois grupos.
Sobre outro ex-aliado, Tasso Jereissati (PSDB), o Ferreira Gomes preferiu ficar
calado durante entrevista concedida ao radialista Izaías Nicolau, da Rádio
Tupinambá.
Cid
revelou que a própria candidatura não é prioridade e que só
concorrerá se isso beneficiar o aliado petista e o irmão, Ciro Gomes (PDT), que
irá disputar a Presidência da República. O ex-governador ainda criticou
Capitão Wagner (PR), a quem chamou de “oportunista sem talento”, e o deputado
federal e pré-candidato ao Planalto Jair Bolsonaro (PSC).
Quanto
a Eunício, Cid titubeou, mas reconheceu o apaziguamento das relações com o
senador. “Espero que esse processo de reaproximação (com Eunício) possa ser
reconstruído em bases que beneficiem o povo cearense”, disse na mesma
entrevista. Também no programa de rádio, o pedetista afirmou que não há acordo
estabelecido com o ex-aliado. Eunício e
Camilo começaram a ter agendas alinhadas desde setembro
Reaproximação
Há
quatro meses, Cid e Eunício começaram a ter agendas alinhadas, com
participações em eventos, reuniões e inaugurações juntos pelo Ceará. Em
setembro do ano passado, o ex-ministro da Educação sinalizou a possibilidade de
aliança, desde que “conversada” e “construída” com a base aliada. Já em
dezembro, justificou a aproximação. “Não seria razoável (o governador negar o
alinhamento). Seria colocar vaidade pessoal acima do interesse popular”,
disse à época.
Sobre
a própria situação política nas eleições deste ano, o Ferreira Gomes afirmou
que o irmão mais velho, Ciro, será o responsável por decidir como o clã sairá
para a disputa. “Não sei, não tenho definição, posso ser (candidato), posso não
ser”, esquivou-se.
Não
tem propostas, não tem qualidades, não tem talento. Cid Gomes ex- governador atacou o adversário político Capitão
Wagner (PR)
Ainda
durante a entrevista, Cid afirmou que só comentaria sobre políticos a quem
tivesse coisas boas a falar. Sobre Tasso, Cid escolheu o silêncio. “Já tirei o
chapéu, hoje fico calado”, brincou. Contudo, o ex-governador não
poupou críticas a Capitão Wagner e a Jair Bolsonaro.
Do adversário no Estado, disse que se
trata de um aproveitador do clamor que a insegurança causa. “Não tem propostas,
não tem qualidades, não tem talento”, atacou. Já sobre Bolsonaro, foi
descrente. “Ele representa um retrocesso. Ter um País que tenha ele como líder,
não acredito, zero possibilidade”, atacou.
(O Povo)
(O Povo)
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