1 de novembro de 2017

PREVIDÊNCIA DE 14% VAI REDUZIR SALÁRIO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO GDF

A MP 805, editada ontem pelo presidente Michel Temer, aumentou de 11% para 14% a alíquota de contribuição previdenciária. Já em vigor, texto atinge funcionários públicos do Governo do Distrito Federal. Câmara Legislativa terá que debater uma regulamentação local.

A Medida Provisória 805, editada ontem pelo presidente Michel Temer, deve causar um grande impacto no funcionalismo público do Distrito Federal. O texto, que já entrou em vigor e será analisado pelo Congresso Nacional, aumenta a alíquota da contribuição previdenciária de 11% para 14%, para valores acima de R$ 5.531,31. Como as alíquotas cobradas dos servidores ativos dos estados e do DF não podem ser inferiores às de funcionários públicos da União, o percentual descontado dos contracheques distritais também vai aumentar —e, com isso, os salários líquidos dos trabalhadores vão cair. Os cofres do GDF também vão ser atingidos, pois a contribuição patronal subirá de 22% para 28%.

A novidade provocou muita reação entre o funcionalismo público do DF, já que a maioria das categorias está sem aumento há três anos. Os servidores pretendem se mobilizar, com trabalhadores do governo federal, para pressionar o Congresso Nacional a derrubar a MP 805. A Câmara Legislativa terá ainda que debater uma regulamentação local, cujos moldes serão definidos pela Secretaria de Previdência Social do governo federal.

Além de aumentar a alíquota previdenciária de 11% para 14%, a Medida Provisória 805 adia de 2018 para 2019 os reajustes salariais de servidores públicos da União. Segundo o Ministério do Planejamento, a suspensão do repasse dos reajustes atinge categorias mais bem remuneradas do funcionalismo federal, que já haviam fechado anteriormente acordos de aumentos para um período de quatro anos. Entre os atingidos pela MP 805 que podem ficar sem revisão dos contracheques estão médicos, diplomatas, integrantes de carreiras jurídicas e de gestão governamental, policiais federais e funcionários da Receita Federal.
Correio Braziliense

Nenhum comentário:

Postar um comentário