31 de outubro de 2017

SEM TASSO, CAMILO E EUNÍCIO SE APROXIMAM

Para lideranças da oposição no Ceará, a negação pública de Tasso Jereissati (PSDB) sobre a candidatura no ano que vem enfraquece as fileiras opositoras para a disputa de 2018 e aproxima Eunício Oliveira de Camilo Santana

Camilo Santana (PT) e Tasso Jereissati (PSDB) durante encontro no Palácio da Abolição, do qual também participou Roberto Cláudio (PDT)

A negativa do senador Tasso Jereissati (PSDB) sobre a candidatura ao Governo do Estado no ano que vem caiu como uma ducha de água fria na oposição. Para lideranças do bloco opositor, a decisão do tucano esfria as articulações adversárias ao Palácio da Abolição e aproxima o senador Eunício Oliveira (PMDB) do governador Camilo Santana (PT).

Desde que Tasso admitiu a aliados, na primeira semana de outubro, em reunião reservada, a possibilidade de se candidatar pela quarta vez ao Executivo cearense, a oposição havia ressuscitado os projetos eleitorais para o ano que vem.

A recusa, no entanto, deixa o grupo na estaca zero.
“Não, não existe essa possibilidade, não (de concorrer ao governo). Não é viável. Eu defendo sempre renovação, há muito tempo que eu defendo renovação. Eu acho que é ruim a perpetuação de uma geração no poder, tem que dar espaço a novas lideranças”, disse na manhã de ontem o senador tucano ao jornalista Luiz Viana, em entrevista ao programa O POVO no Rádio, na rádio O POVO/CBN.

Foi a primeira declaração pública do parlamentar sobre as conversas de bastidores que giravam em torno da candidatura do tucano como meio de fortalecer a oposição, atualmente enfraquecida.

Dia 6/10. O senador Tasso Jereissati (PSDB) se reuniu com lideranças da oposição do Ceará no seu escritório particular em Fortaleza. Segundo os deputados Genecias Noronha (SD) e Capitão Wagner (PR), o ex-governador teria admitido se lançar candidato como forma de unir a oposição enfraquecida.

Dia 27/10. O senador Eunício Oliveira (PMDB) diz, em encontro regional do partido, em Solonópole, que ainda não havia formalizado aliança com nenhum grupo político do Ceará para o ano que vem.

Único deputado tucano na Assembleia Legislativa, Carlos Matos disse que a candidatura nunca foi nem será desejo do senador Tasso Jereissati. Segundo ele, o contexto pode obrigar a disputa do ex-governador contra Camilo Santana em 2018. "Ele também falou que cuidaria dos netos em 2010, e hoje está no Senado. O contexto político é que traz o nome", afirmou.

O POVO procurou o presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, para comentar a declaração do senador, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte: O Povo

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