Depois
de uma espera de um ano e um mês, a operadora Oi deve apresentar nesta quarta-feira
(11) à Justiça o seu novo plano de recuperação judicial. A proposta será votada
em assembleia com os credores marcada para acontecer no dia 23 de outubro. Se
houver necessidade, haverá um segundo encontro em 27 de novembro. A companhia
acumula dívidas de R$ 65,4 bilhões e o seu pedido de recuperação judicial foi o
maior da história do país.
A Oi
vive um impasse desde junho do ano passado, quando a empresa entrou
oficialmente com o pedido de recuperação. A companhia chegou a apresentar em
setembro de 2016 uma proposta para renegociar suas dívidas, mas o acordo não
foi aceito pelos credores, pois exigia um desconto muito alto dos débitos. A Oi
voltou a apresentar uma proposta preliminar em agosto deste ano, mas desta vez
a Anatel pediu que fosse refeita.
Nesta
quarta-feira (11), a Oi deve protocolar na Justiça o seu novo plano de
recuperação judicial, que será levado para aprovação dos credores. A maior
dificuldade da operadora está em conciliar o interesse de seus principais
acionistas (Bratel, Sociéte Mondiale, Goldman Sachs, BNDES) com os seus maiores
credores (Anatel, BNDES, Banco do Brasil e Caixa). A empresa também tenta
arranjar tempo e dinheiro para quitar as suas dívidas sem diluir todo o caixa.
Anatel
A
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é a maior credora da Oi. A
operadora tem uma dívida bilionária junto à agência reguladora, resultado de
uma série de multas impostas por descumprimento de obrigações legais. A
operadora diz que o valor da dívida com a agência é de R$ 11 bilhões, enquanto
o governo fala em R$ 20,2 bilhões.
Independente
do Valor, tanto a Oi quanto a Anatel querem transformar a dívida em um
compromisso de investimento em melhorias do serviço de telecomunicações. Com
isso, o valor seria excluído do plano de recuperação judicial e a Oi ganharia
um alívio em seu caixa para conseguir arcar com as outras dívidas junto aos
demais credores.
(Gazeta)
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