11 de outubro de 2017

OI DEVE APRESENTAR PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL NESTA QUARTA-FEIRA

Depois de uma espera de um ano e um mês, a operadora Oi deve apresentar nesta quarta-feira (11) à Justiça o seu novo plano de recuperação judicial. A proposta será votada em assembleia com os credores marcada para acontecer no dia 23 de outubro. Se houver necessidade, haverá um segundo encontro em 27 de novembro. A companhia acumula dívidas de R$ 65,4 bilhões e o seu pedido de recuperação judicial foi o maior da história do país. 

A Oi vive um impasse desde junho do ano passado, quando a empresa entrou oficialmente com o pedido de recuperação. A companhia chegou a apresentar em setembro de 2016 uma proposta para renegociar suas dívidas, mas o acordo não foi aceito pelos credores, pois exigia um desconto muito alto dos débitos. A Oi voltou a apresentar uma proposta preliminar em agosto deste ano, mas desta vez a Anatel pediu que fosse refeita.

Nesta quarta-feira (11), a Oi deve protocolar na Justiça o seu novo plano de recuperação judicial, que será levado para aprovação dos credores. A maior dificuldade da operadora está em conciliar o interesse de seus principais acionistas (Bratel, Sociéte Mondiale, Goldman Sachs, BNDES) com os seus maiores credores (Anatel, BNDES, Banco do Brasil e Caixa). A empresa também tenta arranjar tempo e dinheiro para quitar as suas dívidas sem diluir todo o caixa.

Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é a maior credora da Oi. A operadora tem uma dívida bilionária junto à agência reguladora, resultado de uma série de multas impostas por descumprimento de obrigações legais. A operadora diz que o valor da dívida com a agência é de R$ 11 bilhões, enquanto o governo fala em R$ 20,2 bilhões.

Independente do Valor, tanto a Oi quanto a Anatel querem transformar a dívida em um compromisso de investimento em melhorias do serviço de telecomunicações. Com isso, o valor seria excluído do plano de recuperação judicial e a Oi ganharia um alívio em seu caixa para conseguir arcar com as outras dívidas junto aos demais credores.
(Gazeta) 

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