Joesley
Batista e Ricardo Saud se entregaram à Polícia Federal (PF) no início da tarde
deste domingo (10), em São Paulo. O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz
Edson Fachin autorizara, na noite de sábado (9), a prisão temporária dos dois
delatores da JBS. A determinação ocorreu após o pedido feito pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu, ainda, a prisão do
ex-procurador Marcello Miller.
As
prisões foram autorizadas por conta das suspeitas de que os dois, beneficiados
pela delação premiada, teriam omitido informações dos investigadores, o que
contraria uma das cláusulas do acordo. No caso de Marcello Miller existe a
suspeita de conduta criminosa quando ele ainda integrava o Ministério Público,
atuando no órgão para beneficiar a J&F. Miller, que deixou a carreira de
procurador em março, é citado em conversa entre Joesley e Saud. O teor do
diálogo sugere que o ex-auxiliar de Janot tenha auxiliado os executivos do
grupo empresarial a negociarem os termos da delação premiada com a PGR.
(JB)
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