Em
dia de giro pelo Ceará, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou
antigo discurso do PT e subiu o tom na noite desta terça-feira contra pacote de
privatizações proposto pelo governo Michel Temer (PMDB). Em discurso em
Quixadá, o petista defendeu investimento em empresas nacionais e acusou o atual
governo de querer, com as medidas, “destruir o País”.
“Eu sei que eles estão destruindo o Brasil. Estão vendendo a Petrobras, querem acabar com o Banco do Brasil, com a Caixa, estão vendendo a Eletrobras (…) é aquele tipo de gente vagabunda que, ao invés de trabalhar, fica vendendo as coisas de casa para pagar despesas”, disse Lula, encerrando dia de viagens que passou ainda por Quixeré, Morada Nova e Ibicuitinga.
Em palanque ao lado
do governador Camilo Santana (PT) e de uma série de lideranças petistas, Lula
ainda acusou o governo Temer de não possuir recursos para investimentos pois
teria “gastado tudo para comprar voto”. “Comprar sim, para se livrar de
cassação, de investigação da Justiça”, disse.
Por conta da grande
comoção em torno das chegada de Lula, a segurança do ex-presidente passou do
ponto em determinados momentos. Durante a chegada do petista em Quixadá, por
exemplo, dispositivos de choque taser foram ativados apenas para “assustar” a
multidão, gerando mais empurra-empurra e tumulto.
Lula também acusou
Camilo de “deslealdade” após o governador não cumprir promessa de discursar por
longo intervalo no ato de ontem em Quixadá. A ideia era garantir tempo para que
o ex-presidente recuperasse a voz. Apesar do tom de brincadeira, o apoio
silencioso de Camilo a Ciro Gomes em 2018 acabou dando tom irônico à fala.
O Povo
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