28 de maio de 2013

EVITANDO A DISPERSÃO

No Ceará, apesar de o governador Cid Gomes esquivar-se a cada momento, de adiantar futuras decisões suas em relação à sucessão estadual, ele não consegue impedir que as especulações, à falta de informações mais concretas, se espalhem aos quatro ventos. A mais recente, divulgada, ontem, diz respeito a uma improvável coligação, destinada a arrebatar de Cid e seu grupo, o poder estadual.

Para se ter uma ideia do que “pipoca” por aí, a coligação em questão, resultaria numa chapa formada pelo senador Eunício (PMDB) para Governador; o deputado Heitor Férrer (PDT) para vice, e o senador Tasso Jereissati, para novo mandato no Senado. Como se vê, trata-se de uma “salada” incrível, capaz de superar até a velha “aliança impossível” PSD-UDN, em 1962.

E, pelo visto, não vai ficar só nisso, diante das incertezas que ainda perduram em relação às coligações políticas que se enfrentarão no pleito vindouro. Enquanto isso, o governador Cid negocia, dando, inclusive, visibilidade a alguns nomes governamentáveis, como o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, o secretário Mauro Filho e outros do mesmo nível.

Aconteça o que acontecer neste período de pré-lançamentos de chapas e de candidaturas, Cid tem deixado provado para todos contar com o integral apoio da presidente Dilma para comandar o processo sucessório cearense. Diante de tal evidência, não será muito provável que teremos, em 2014, uma dispersão entre as três forças centrais da aliança partidária PSB-PMDB-PT, que, hoje, comanda o Ceará. Para quem conhece Cid Gomes, é difícil crer que ele permita a dispersão política da base de apoio à reeleição de Dilma Rousseff. (Do colunista Fernando Maia)

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