21 de julho de 2020

PESQUISA APONTA QUE JOVENS DE 15 A 17 ANOS ABANDONAM ESCOLA NO CEARÁ


21 de JUL 2020 - No Ceará, estima-se que 537 mil jovens abandonaram a escola. Desses, a faixa de idade que representa o maior contingente é a de jovens de 15 a 17 anos, 50,4%, o que representa 271 mil pessoas. O segundo grupo de maior número foi de 18 anos ou mais, com 182 mil pessoas (32,9%).

Esses são os dados do módulo de Educação da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente a 2019.

Entre os Estados com o maior número de pessoas que abandonaram a escola, o Ceará figura no ranking dos 10 com maior número. São Paulo, com 1,4 milhão tem o maior número de pessoas que frequentaram a escola e abandonaram os estudos, enquanto o menor contingente foi em Roraima, com 27 mil pessoas.

O abandono precoce, ainda na idade do ensino fundamental, foi de 16,4% no Ceará até os 14 anos. O Estado com maior proporção de abandono até 14 anos foi Pernambuco (21,5%) já o menor foi o Distrito Federal (10,8%). Em termos absolutos, São Paulo teve o maior número de pessoas de até 14 anos que abandonaram a escola, com 250 mil.

Atraso escolar
Com relação ao atraso escolar e evasão, mais característico no ensino médio (15 a 17 anos), em 2019 a taxa de frequência escolar líquida dessa faixa etária ficou em 74,2%, ou seja, 25,8% dos alunos desse grupo estavam atrasados ou tinham deixado a escola.

A taxa de frequência líquida nessa faixa etária é maior entre as mulheres, 78,7% estão frequentando o ensino médio, enquanto 70,4% dos homens está frequentando o mesmo nível de ensino.

Com relação a cor e raça, percebeu-se que no Estado, em 2019, a taxa de frequência escolar líquida de brancos (79,1%) era maior que a de pretos e pardos (72,9%), ainda na faixa de 15 a 17 anos.
Pelo Plano Nacional de Educação, a Meta 3 define a universalização, até 2016, do atendimento escolar para a população de 15 a 17 anos. Em 2019 essa meta não havia sido atingida no Estado.

Apesar de ainda não estar em um nível adequado, houve um crescimento considerável ao passar de 67,6% em 2016 para 74,2% em 2019. Ou seja, antes 32,4% não estava frequentando ensino médio e em 2019 era de 25,8%, quase um quarto do total.

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