29 de MAR 2020 - Até um milhão de pessoas poderiam morrer no
Brasil devido ao contágio pelo novo coronavírus, causador da doença chamada
covid-19. Essa é a estimativa feita por pesquisadores do Imperial College, de
Londres, um dos institutos pesquisa mais respeitados do mundo.
A pesquisa avaliou o impacto do vírus em 202
países e concluiu que medidas de prevenção, como distanciamento social,
isolamento de doentes e testes de diagnóstico, podem salvar 38,6 milhões de
pessoas. Ou seja, a mortalidade global da doença seria reduzida em 95% em
relação à estimativa de 40 milhões de mortos, se nenhum país tomasse medida
alguma para conter o novo coronavírus.
O número de 1,15 milhão de mortos no Brasil é
em um cenário em que nenhuma dessas medidas preventivas seja adotada para
conter o avanço da doença no país. A quantidade de pessoas infectadas seria de
187,7 milhões de pessoas, entre as quais 6,2 milhões seriam hospitalizadas e
1,5 milhão seriam casos graves. O cenário mais otimista, com todas as
precauções tomadas e isolamento de 75% da população, empresas e governo, o
número de mortes por complicações da doença seria de 44,2 mil.
Com isolamento apenas de idosos, o estudo
estima que o Brasil teria 120 milhões de pessoas infectadas, entre as quais 3,2
milhões seriam hospitalizadas, 702 mil teriam quadros clínicos graves e 529 mil
morreriam por complicações da covid-19.
Considerando um isolamento parcial, que evita
tanto eventos quanto aglomerações, o número de pessoas infectadas é de 122
milhões, com 627 mil mortes.
O estudo é assinado por cerca de 50
cientistas. Segundo os pesquisadores, a rápida adoção de medidas comprovadas de
saúde pública, incluindo testes, isolamento de casos e maior distanciamento
social podem conter a pandemia.
Com todas as medidas preventivas adotadas, o
Brasil pode evitar a morte de 1,05 milhão de pessoas devido ao novo
coronavírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário