02.10.2019 - O governo sofreu uma derrota na votação de um
dos destaques da reforma da Previdência. Na madrugada desta quarta-feira (2), o
Plenário do Senado derrubou a restrição do abono salarial a quem ganha até R$
1.364,43. Com a retirada do ponto da proposta de emenda à Constituição (PEC), a
economia com a reforma da Previdência cai para R$ 800,2 bilhões nos próximos
dez anos.
Com a derrota, o abono salarial continuará a
ser pago aos trabalhadores – com carteira assinada há pelo menos cinco anos –
que recebem até dois salários mínimos. A restrição do pagamento do abono
salarial geraria economia de R$ 76,2 bilhões ao governo nos próximos dez anos,
segundo o Ministério da Economia.
O governo precisava de 49 votos para derrubar
o destaque apresentado pelo Cidadania e manter a restrição ao abono salarial,
que constava do texto aprovado pela Câmara dos Deputados e pela Comissão de Constituição
e Justiça do Senado, mas teve sete votos a menos que o necessário. O destaque
obteve 42 votos sim (que manteria o texto da Câmara) e 30 votos não (que
retiraria o ponto da reforma), mas a maioria foi insuficiente para manter a
restrição.
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