12.08.2019 - A
população da terra está crescendo e, com ela, o consumo. Essa tendência só irá
aumentar em um futuro próximo, mas os recursos do planeta são limitados – e o
solo não é uma exceção.
Um
relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas focaliza a
conexão entre o uso da terra e seus efeitos sobre a mudança climática.
O
documento destaca como, em uma espécie de círculo vicioso, solos e florestas
doentes agravam as mudanças climáticas, que, por sua vez, causam impactos
negativos na saúde das florestas e do solo.
O
relatório aponta que, se o aquecimento global ultrapassar o limite de 2º
Celsius estabelecido pelo Acordo de Paris, provavelmente as terras férteis se
transformarão em desertos, as infraestruturas vão se desmoronar com o degelo do
permafrost e a seca e os fenômenos meteorológicos extremos colocarão em risco o
sistema alimentar.
É
um quadro sombrio, mas os autores do IPCC enfatizam que as recomendações do
relatório poderiam ajudar os governos a prevenir os piores danos, reduzindo a
pressão sobre a terra e tornando os sistemas alimentares mais sustentáveis,
enquanto atendem às necessidades de uma população crescente.
Os
solos e as florestas são aliados perfeitos contra as alterações climáticas.
Eles atuam como sumidouros de carbono, reservatórios naturais que impedem que o
CO2 chegue à atmosfera.
Da
área terrestre do mundo que não é coberta por gelo, cerca de 70% já estão sendo
usados para a produção de alimentos, têxteis e combustíveis.
Os
ecossistemas como as pradarias são fundamentais para um clima estável, embora
sejam muitas vezes ignorados.
Fonte: Agência Brasil
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