20.05.2019 - Publicado a cada dois meses, o
relatório traz as atualizações das estimativas oficiais para a economia
brasileira e o impacto dela nas previsões de receitas e despesas. Com base nas
receitas, o governo revisa as despesas para garantir o cumprimento da meta de
déficit primário (resultado negativo das contas do governo excluindo os juros
da dívida pública) de R$ 139 bilhões e do teto de gastos federais.
Na última semana, o governo recebeu diversos sinais
amarelos em relação à economia. O Boletim Focus, pesquisa com instituições
financeiras divulgada pelo Banco Central (BC), indicou que o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) fechará o ano
em 1,45%. A previsão deve baixar no próximo boletim, a ser divulgado na segunda-feira
(20).
A desaceleração da economia reduz a arrecadação de
tributos, impactando a receita do governo. A queda de receita deve ser parcialmente
neutralizada pela alta no preço internacional do petróleo, que está no maior
nível em sete meses.
Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento
na última terça-feira (14), o secretário especial de Fazenda do governo
Bolsonaro confirmou que o próximo relatório terá bloqueios adicionais de
verbas.
No fim de março, a Secretaria Especial de Fazenda tinha
anunciado o contingenciamento de quase R$ 30 bilhões do Orçamento.
De lá para cá, o volume total bloqueado não foi
alterado, mas o governo fez remanejamentos que retiraram recursos da educação e
desencadearam uma onda de protestos na última quarta-feira (15) pela
manutenção das verbas.
Agência
Brasil
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