22.05.2019 - As manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro marcadas para o próximo domingo estão sendo organizadas por grupos dissidentes das principais organizações que comandaram o movimento pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e apoiaram Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.
A esses movimentos, articulados majoritariamente pelo WhatsApp, se soma uma rede de influenciadores digitais alinhados com o clã Bolsonaro e com o núcleo ideológico do governo, que tem o escritor Olavo de Carvalho como principal referência.
Enquanto os dois principais grupos anti-Dilma de 2015 – o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua – se afastaram de Bolsonaro e adotaram bandeiras institucionais como a reforma da Previdência, outros de matriz mais radical mantiveram o discurso antiesquerda que pautou a eleição presidencial e os discursos.
Para evitar o isolamento, as pautas do dia 26 são difusas: defesa do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro (Justiça), CPI da Lava Toga e reforma da Previdência. O que prevalece, porém, é uma retórica contra a classe política, que é acusada de conspirar para derrubar o presidente. O Centrão, que será crucial na aprovação de projetos de interesse do governo no Congresso, se tornou alvo principal da rede bolsonarista.
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