Em 26 de março, as pessoas ao redor do mundo são
convidadas a usar a cor roxa - é um dia de esforço internacional dedicado ao
aumento da conscientização sobre a epilepsia.
A epilepsia é uma alteração temporária e reversível
do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou
distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do
cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou
espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem
os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem
ter sintomas relativamente evidentes de epilepsia, não significando que o
problema tenha menos importância se a crise não for tão aparente.
Sintomas:
Em crises de ausência, a pessoa apresenta-se
“desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em
seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações
estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma
parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago,
ver ou ouvir de maneira diferente. Quando as crises duram mais de 30 minutos
sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as
funções cerebrais.
Causas:
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ser
uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção
(meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no
cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas. Muitas vezes a origem pode
ter relação com má formação congênita do cérebro.
Tratamento:
O tratamento das epilepsias é feito com
medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a
origem das crises epilépticas; casos com crises frequentes e incontroláveis são
candidatos à intervenção cirúrgica.
Em muitos casos as crises epiléticas não são
previsíveis e as pessoas precisam de ajuda, principalmente para não se
machucarem durante as convulsões. É importante estar atento e saber como
proceder ao presenciar uma crise:
- mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu
redor;
- evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
- tente colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e
seguro, com a cabeça protegida com algo macio;
- nunca segure a pessoa nem impeça seus movimentos (deixe-a debater-se);
- retire objetos próximos com que ela possa se machucar;
- mantenha-a deitada de barriga para cima, mas com a cabeça voltada para
o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
- afrouxe as roupas, se necessário;
- se for possível, levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
- não tente introduzir objetos na boca do paciente durante as
convulsões;
- não dê tapas;
- não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
- verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de
emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
- permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência;
- se a crise convulsiva durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora,
peça ajuda médica;
- quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.
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