14/02 - O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) poderá entrar com uma ação civil pública sobre os reajustes em serviços indiretos de serviços da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
O
aumento de até 112% nesse tipo de serviço foi tema de audiência realizada na
Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Ceará (OAB-CE), esta semana.
Segundo
o assessor jurídico do Decon, Pedro Ian Sarmento, o órgão já enviou
recomendação à Cagece e para a Agência Reguladora do Ceará (Arce), orientando
que esses reajustes não fossem efetivados.
No
momento, as respostas são aguardadas e, uma vez que sejam apresentadas as
defesas, o setor jurídico do Decon realizará uma análise sobre os argumentos
levantados, mas o assessor comenta que, caso necessário, a ação será levada a
cabo.
A
Cagece solicitou junto à Arce uma revisão tarifária, na qual foi concedido o
percentual de 15,86%.
Agora,
esse pleito está passando por uma fase de consulta pública, procedimento que
segue até o próximo dia 21.
“Esse
procedimento ainda deve demorar alguns dias, por conta do caráter técnico e
complexo desse percentual proposto. Pode ser que a ACFor homologue ou não.
Tudo
vai depender desses números estarem adequados e realmente representarem um
percentual que não só possibilite a prestação do serviço de forma contínua,
adequada, sem prejuízo para população, mas também garanta o equilíbrio
econômico financeiro do contrato de concessão”, declarou.
Para a Cagece, como não houve aumento da tarifa de água em 2018, há defasagem no preço. Segundo o gerente de concessão e regulação da empresa, João Rodrigues Neto, o reajustamento é necessário: “Submetemos às agências reguladoras uma solicitação de revisão tarifária, apresentamos todos os custos incorridos pela prestação de serviços por parte da empresa, no período de 2017 a 2018.
Com base nesses
custos, a agência reguladora calculou a defasagem tarifária e encontrou uma tarifa
média necessária de R$4,11 por metro cúbico de água, o que corresponde ao
percentual de 15,86%”.
(O Estado/CE)
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