23/07 - O governo federal está esperançoso com a possibilidade
de Geraldo Alckmin, do PSDB, se fortalecer nas eleições com o apoio do centrão.
Não por apreço da cúpula governista aos tucanos, que não desejam vincular a
imagem à do presidente Michel Temer, por considerá-la “tóxica” — e isso, como
era de se esperar, desagrada os emedebistas. O único desejo do Palácio do
Planalto é aprovar a reforma da Previdência depois das eleições. E a
possibilidade disso acontecer ainda este ano é com uma vitória tucana apoiada
pelo blocão nas urnas.
A frustração em não aprovar a reforma no início
deste ano deixou uma lacuna que o governo ainda não conseguiu superar. Mas isso
não significa que jogou a toalha. O grande sonho de Temer continua sendo
atualizar as regras para aposentadoria e se consolidar como um presidente
reformista.Como ele mesmo diz, a “história é que vai dizer” como foi o governo
emedebista.
Os sinais de intenção da aprovação da reforma não
são recentes. Em diferentes situações ao longo do ano, Temer indicou a
possibilidade de se retomar a votação da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) este ano depois das eleições. Em 5 de julho, em uma das últimas
cerimônias realizadas no Planalto antes de o governo ficar impossibilitado de
fazer propagandas institucionais em função da legislação eleitoral, o emedebista
declarou que, após a corrida eleitoral, cria-se um momento propício para todos
se unirem em busca do “bem comum”.
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