12/06 - A esta altura, estaríamos chegando ao que 11
em cada 10 analistas políticos chamariam de “fase eliminatória” das eleições
presidenciais de 2018.
Nas vésperas da Copa, deveriamos estar próximos de
um afunilamento da disputa entre, no máximo, três ou quatro candidatos que, na
fase final, tentariam manter ou conquistar a liderança ou, ao menos, pelejar
pela classificação à “final” de um segundo turno.
Não estamos assim, porque esta edição das
eleições, desde 2014, está sendo disputada sob a égide do “tapetão”, aquilo que
em futebol chamamos de levar para os tribunais – de resto, aqui também
suspeitíssimos – o que deveria ser disputado no campo da política.
E, como o juiz do voto, Sr. Sérgio Moro, “torce”
desavergonhado por um dos times, não é estranho que grande parte da “torcida”
considere que estamos diante de uma “marmelada”, pois se pretende eliminar o
favorito absoluto do embate.
Surgiu, porém, um “probleminha”. A troca do
“futebol-arte” pelo “futebol-ódio” acabou estragando as cartas do jogo em que
deveriam estar marcadas e deixou o conservadorismo com um dilema: restou apenas
Jair Bolsonaro como protagonista em seu campo e o seu Fascismo Futebol Clube não consegue empolgar a maioria, além de
carregar, atrás de si, uma matilha de hooligans.
Marina Silva vive das recordações do passado,
quando surgiu como “revelação”, para depois virar “abóbora” quando o jogo
se aproxima da fase decisiva.
Geraldo Alckmin, caindo pelas tabelas, está na
situação daqueles técnicos que só acumulam resultados negativos, embora ouçam
declarações dos dirigentes do time tucano de que está “prestigiado”. Pela
primeira vez em quase 30 anos, o PSDB está no rumo de cair para a 2ª divisão.
Sem Lula, Ciro Gomes, cai nas graças da imensa
parcela das arquibancadas frustradas, que afugenta o golpe disfarçado de
“ovelhas bondosas” do PMDB, PSDB, DEM, entre outros partidos oportunistas que
não passaram de peles de lobos.
O resto, simplesmente, não existe e não há sinais
de que possa existir.
Seria assim que estaríamos neste momento de “modo
Copa”, onde tudo permaneceria um mês em banho-maria, ainda mais que a seleção
de Tite parece – toc, toc,
toc – que não nos
dará o desgosto de 2014 e produzir o interesse que hoje falta na Copa da
Rússia.
Mas há algo diferente, que nem é o país estar em
crise, pois não estamos propriamente desacostumados disso. É que, desta
vez, sobram sinais de que o que está ruim (e muito, como inficou o Datafolham),
possa entrar em espasmos, como o que tivemos com o locaute dos transportes, ou
em algo ainda pior.
Tudo, portanto, está em aberto e só uma certeza se
tem: deu zebra no plano infalível do golpe tão longamente urdido.
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