18/06 - O presidente da Assembleia Legislativa, deputado
Zezinho Albuquerque (PDT), reafirmou, em entrevista ao Diário do Nordeste, ser
contrário à constituição de um "blocão" com todos os partidos da base
aliada do governador Camilo Santana (PT) para a disputa proporcional. Segundo
ele, a maioria dos partidos também tem se colocado contra tal coligação, visto
que muitos pretensos candidatos ficariam de fora da disputa.
Para o pedetista, o ideal seria dividir as legendas
em dois grandes grupos e, desta forma, dar mais chances de eleição ao maior
número de candidatos aliados do governador. "Não tem condições de se
montar um 'blocão'. São 69 vagas e temos aqui até 36 candidatos por partido.
Temos que optar por outras alternativas", disse Albuquerque, ressaltando
ainda que essa decisão está sendo formalizada com as lideranças partidárias do
grupo político liderado no Ceará por Ciro e Cid Gomes.
"Temos vários partidos que não querem o
'blocão', outros querem coligação com partidos menores e outros com partidos
maiores. Isso vai se afunilando com o tempo. Os nossos líderes estão pensando
e, depois, vão conversar com os deputados, chamam todo mundo para um diálogo",
acrescentou.
Para Zezinho Albuquerque, a campanha reduzida, de
45 dias, será benéfica principalmente aos candidatos à reeleição, visto que os
novatos terão pouco tempo para se apresentarem à população. No entanto, ele
disse que a falta de credibilidade do homem público também será determinante na
hora do voto. "Por isso, nós, deputados, temos que estar diuturnamente
ouvindo a população e apresentando projetos de melhoria de suas vidas".
O pedetista ressaltou, ainda, que todos da legenda
estarão envolvidos na campanha de Ciro Gomes à Presidência da República, e que
Cid Gomes deve ser mesmo o nome do PDT para o Senado. O deputado também se
posicionou sobre mal-estar ocasionado por declarações de Ciro Gomes
Para Zezinho Albuquerque, o presidenciável pedetista
apenas tentou evitar ser deselegante com os prováveis pré-candidatos dessas
legendas e teria sido mal interpretado. "Qualquer notícia que sai agora
pode gerar mal-estar.
Neste caso, o Ciro está dizendo que a prioridade
agora é o PSB e o PCdoB. Ele vai procurar o PSB, porque o partido não tem
candidato, e o PCdoB, porque ele tem proximidade com a Manuela (D'Ávila)",
justificou.
O pedetista acredita, ainda, que Ciro Gomes estará
no segundo turno da disputa eleitoral deste ano por, segundo ele, ser o
candidato mais preparado e por conhecer a realidade de todas as regiões do
Brasil. De acordo com ele, todas as legendas aliadas estão dialogando entre si
em busca de êxito no pleito de outubro.
No entanto, para o parlamentar, as definições pra
as eleições vindouras ficarão somente para o início de agosto próximo.
(DN)
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