27/05 - Relator
do processo de cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética, o deputado Marcos Rogério
(DEM-RO) disse hoje (6) que o parecer da comissão deve estar pronto para
votação em plenário até o dia 22 de junho.
Para
o deputado, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar Cunha da
presidência da Casa e suspender seu mandato de deputado federal ajuda a
garantir o funcionamento do Conselho de Ética e o andamento do processo,
inciado em novembro de 2015 e que já é o mais longo da história do colegiado.
“Estamos
em maio e ainda não conseguimos concluir a instrução do processo. A decisão [do
Supremo] sinaliza para que possamos concluí-lo. Estava difícil concluir esse
processo com o volume de interferências que tivemos”, afirmou.
Rogério
informou que até o fim de maio o relatório estará pronto para votação no
colegiado e posteriormente para apreciação do conjunto da Casa. O deputado
acrescentou que fez o cálculo levando em consideração a possibilidade do prazo
ser estendido, em razão de pedidos de vista que aliados de Cunha podem fazer
para estender o procedimento.
O
parlamentar ponderou que, mesmo com a suspensão do mandato de Cunha, o
cronograma do conselho não será alterado. Para evitar possíveis questionamentos,
Rogério pediu a assessoria da comissão um parecer para fundamentar a decisão.
A
avaliação na Câmara é que a decisão do STF enfraqueceu Cunha e os aliados no
conselho. Questionado se poderia haver uma aceleração do procedimento, o
deputado disse que pretende manter o prazo para ouvir as testemunhas da defesa
conforme previsto inicialmente. Entretanto, defendeu o encerramento do
procedimento até o fm do semestre. “Chega um ponto em que isso [a demora em
encerrar o procedimento] coloca em descrédito a Casa, a credibilidade do
conselho e arranha a imagem do Parlamento.”
Decisão
Teori
Rogério
destacou que já reuniu provas suficientes para embasar sua decisão. No entanto,
não descartou incluir o voto do ministro Teori Zavaski, do STF, entre os
documentos do processo caso seja instado. Para o deputado, o material pode
ajudar na decisão dos membros do colegiado, mas não serve de prova para embasar
o pedido de cassação de Cunha.
(JB)
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