08/05 - É
preciso ser muito otimista – ou ingênuo, se preferir – para não crer que
estamos a caminho de uma ainda maior deterioração da já precária ordem
econômica mundial.
A
esta altura, não é difícil prever que a “guerra comercial” de Donald Trump mais
cedo ou mais tarde perderá o apêndice “comercial”.
A
“retomada econômica” – aquela que seria imediata, com a “invasão” de
investidores estrangeiros logo após a queda do governo do PT, depois passou a
ser “lenta, gradual, porém segura” e, afinal, virou um festival de sinais de
alerta se acendendo à nossa frente – deu chabu.
Some-se
ainda a isso um cenário eleitoral absolutamente anárquico, onde a direita tem
vários candidatos, a esquerda, quase nenhum e, ainda assim, o conservadorismo
não sabe se e como vencerá.
No
entanto, tudo o que se lê e se vê acontecer é um sem fim de ações policiais,
provocações do MP e arreganhos do Judiciário.
Será
que, diante disso, ficaremos diante de afirmações de “purismo” eleitoral – de
uns e de outros – e deixaremos de compreender que estão dadas, como poucas
vezes, as condições de enfrentar uma direita dividida em um país onde teve toda
a liberdade de agir e só colheu fracassos?
Verdade
que processos políticos exigem maturação. Não tenho a menor dúvida de que,
neste momento, Lula está atento a isso. Decisões e adesões de afogadilho nunca
são bom caminho.
Muito
menos as fundadas em simpatias ou antipatias pessoais.
Será
preciso que se perceba a inviabilidade de qualquer projeto excludente.
Que
se veja, com clareza, que o Brasil, como nação, está morrendo e que não se pode,
diante deste risco, também ser suicida.
Por Fernando Brito - 08/05/2018
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