11/03 - Trabalhadores
dos Correios decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a
partir da meia-noite deste domingo para segunda. A categoria contesta, por
exemplo, a não realização de concursos públicos desde 2011, para a
reposição de postos de trabalho perdidos, e a “insistência” por parte da
empresa para que funcionários aceitem ingressar em planos de demissão
voluntária, que ganharam ênfase nos últimos anos, segundo
a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Correios, Telégrafos e Similares).
É
esperada a adesão dos 36 sindicatos filiados, em todos os Estados, “contra a
retirada de direitos dos trabalhadores, as demissões e a privatização dos
Correios”.
“Não
há nenhum impedimento para a realização de um novo concurso, provocando a queda
na qualidade dos serviços da estatal”, disse a federação, por meio de sua
assessoria de imprensa.
Questionada
pela reportagem, por telefone e por e-mail, nos últimos dias 7, 8 e 9,
a assessoria dos Correios não respondeu às perguntas sobre a realização de
concurso público, a reposição de funcionários nem a possibilidade de a empresa
ser privatizada. Apenas se pronunciou sobre o anúncio de greve.
CORTE
DE 20 MIL FUNCIONÁRIOS EM 5 ANOS
Uma
redução de quase 20 mil funcionários foi conduzida pelos Correios (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos) nos últimos cinco anos. O quadro caiu
de 125,4 mil empregados em 2013 para os atuais 106 mil –ou um corte de
15,5%.
A
força de trabalho está sendo adequada, diz a companhia, com investimento em
“automação da triagem e em inovações tecnológicas para melhorar os processos
internos e aumentar a qualidade dos serviços prestados”. Segundo a empresa
afirma, a maioria dos desligamentos foi provocada pela adesão de funcionários
ao Programa de Demissão Incentivada.
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