A história do casal que
cometeu suicídio assistido
no mesmo dia foi revelada em detalhes nesta semana pela revista norte-americana TIME Magazine.
Charlie e Francie Emerick
moravam em Portland, no estado de Oregon, nos EUA, e estavam juntos há 66 anos.
Doentes terminais, eles optaram por receber doses letais de medicação com base
na lei estadual ‘Morte com Dignidade’.
Em duas décadas, desde que o
estado de Oregon se tornou o primeiro dos Estados Unidos a legalizar a
assistência para morrer, quase 1.300 pessoas morreram depois de obterem
prescrição letal.
Francie, de 88 anos, foi a
primeira a morrer, apenas 15 minutos depois de receber a medicação. Charlie, de
87 anos, morreu uma hora depois. Ele lutava contra um câncer câncer de próstata
e a doença de Parkinson, diagnosticada em 2012.
“Eles não tinham
arrependimentos, nenhum negócio inacabado”, disse Sher Safran, 62, uma das três
filhas do casal. “Foi como se soubéssemos que já era o tempo deles e o fato de
estar juntos, significou muito”, explicou.
Familiares revelam ainda que
eles ficaram muito aliviados quando souberam que tinham a opção do suicídio
assistido, já que o estado de saúde de ambos só piorava — o que acarretava em
aumento de sofrimento.
“Eles sempre quiseram isso e
tiveram assistência”, explicou a outra filha do casal, Jerilyn Marler, 66 anos,
que era a principal acompanhante de ambos nos últimos anos. “Se houvesse uma
maneira de gerenciar suas próprias mortes, eles fariam isso”, ressaltou.
Charlie e Francie permitiram
que a filha Safran e seu marido, Rob, documentassem e filmassem suas conversas
e toda preparação que teriam e fariam até o dia da morte.
Morte documentada
Charlie e Francie
permitiram que a filha Safran e seu marido, Rob, documentassem e filmassem suas
conversas e toda preparação que teriam e fariam até o dia da morte.
Inicialmente seria uma
lembrança para a família, mas entenderam que seria importante comunicar o fato
e finalmente decidiram que as imagens e filme poderiam ser editados para serem
compartilhados.
PragmatismoPolítico
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