7 de março de 2018

CASAL QUE ESTAVA JUNTO HÁ 66 ANOS DECIDE COMETER SUICÍDIO NO MESMO DIA, COM MORTE DOCUMENTADA


07/03 - Casal que estava junto há 66 anos decide cometer suicídio legal no mesmo dia. Eles foram assistidos pela lei ‘Morte com Dignidade’, do estado de Oregon, nos EUA, e permitiram que todas as suas conversas e preparação até o dia da morte fossem documentados

A história do casal que cometeu suicídio assistido no mesmo dia foi revelada em detalhes nesta semana pela revista norte-americana TIME Magazine.

Charlie e Francie Emerick moravam em Portland, no estado de Oregon, nos EUA, e estavam juntos há 66 anos. Doentes terminais, eles optaram por receber doses letais de medicação com base na lei estadual ‘Morte com Dignidade’.
Em duas décadas, desde que o estado de Oregon se tornou o primeiro dos Estados Unidos a legalizar a assistência para morrer, quase 1.300 pessoas morreram depois de obterem prescrição letal.

Francie, de 88 anos, foi a primeira a morrer, apenas 15 minutos depois de receber a medicação. Charlie, de 87 anos, morreu uma hora depois. Ele lutava contra um câncer câncer de próstata e a doença de Parkinson, diagnosticada em 2012.

“Eles não tinham arrependimentos, nenhum negócio inacabado”, disse Sher Safran, 62, uma das três filhas do casal. “Foi como se soubéssemos que já era o tempo deles e o fato de estar juntos, significou muito”, explicou.

Familiares revelam ainda que eles ficaram muito aliviados quando souberam que tinham a opção do suicídio assistido, já que o estado de saúde de ambos só piorava — o que acarretava em aumento de sofrimento.

“Eles sempre quiseram isso e tiveram assistência”, explicou a outra filha do casal, Jerilyn Marler, 66 anos, que era a principal acompanhante de ambos nos últimos anos. “Se houvesse uma maneira de gerenciar suas próprias mortes, eles fariam isso”, ressaltou.

Charlie e Francie permitiram que a filha Safran e seu marido, Rob, documentassem e filmassem suas conversas e toda preparação que teriam e fariam até o dia da morte.

Morte documentada
Charlie e Francie permitiram que a filha Safran e seu marido, Rob, documentassem e filmassem suas conversas e toda preparação que teriam e fariam até o dia da morte.

Inicialmente seria uma lembrança para a família, mas entenderam que seria importante comunicar o fato e finalmente decidiram que as imagens e filme poderiam ser editados para serem compartilhados.
PragmatismoPolítico

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