01/03 - Roberto Cumplido, Carlos
Armando Paschoal, Luiz
Eduardo Soares e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, da
Odebrecht; o lobista Adir Assad; Flávio Barra, da Andrade Gutierrez; Léo Pinheiro
e Carlos Henrique Barbosa Lemos, da OAS, e Carlos Alberto
Mendes dos Santos, da Queiroz Galvão Engenharia.
Junto com Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, diretor do Dersa nos governos do PSDB em São Paulo, fazem os 11 do time que acertava as propinas pagas pelas obras do Rodoanel, supostamente em favor de José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, segundo informam os repórteres Mario Cesar Carvalho e Wálter Nunes na edição de hoje da Folha.
Os depoimentos dos dez executivos fazem parte do inquérito da Polícia Federal que tramita no Supremo Tribunal, do qual a Folha obteve cópia.
Diferentemente do que ocorre em dezenas de delações, nas quais incongruências e variações na narrativa são comuns, os relatos sobre Souza são similares.
O que os executivos contam é que Souza, diretor de engenharia da Dersa no governo Serra, pediu a dez empreiteiras que fizeram o trecho sul do Rodoanel um suborno equivalente a 0,75% de tudo que elas recebessem. Como a obra custou R$ 3,5 bilhões em valores da época que foi inaugurada, em abril de 2010, a propina de 0,75% seria de R$ 26,3 milhões.
Boa
parte destas acusações tem mais de um ano e o personagem que reclamava de ter
sido abandonado “à beira do caminho”, pelo visto, já foi resgatado pelos seus
pressurosos ex-amigos. Porque, ao contrário de outros de amizades menos
interessantes, até agora nem mesmo um mandado de busca e apreensão caiu sobre
ele.
Como o inquérito, o qual o algoritmo do “sorteador do Supremo entregou a Gilmar Mendes, o fantasma de Paulo Preto não sai da caixa e alguém, maldoso, verá aí razões para sua fidelidade a Michel Temer.
Por Fernando Brito - 01/03/2018
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