16/01 - O veto do senador Tasso Jereissati
(PSDB) a uma aliança com Jair Bolsonaro (PSC-RJ) provavelmente deu ao Capitão
Wagner (PR) o pretexto que queria para desistir de concorrer ao Governo do
Estado. Diante da falta de alternativas, ele disse estar disponível. Mas, ao se
deparar com as dificuldades, recuou. A oposição cearense tem, ou tinha, três
pilares: Tasso, Wagner e Eunício Oliveira (PMDB). Nenhum deve concorrer ao
governo.
Eunício seria a primeira opção, uma vez
que disputou o cargo em 2014. Porém, está decidido a tentar a reeleição como
senador e tratou de defender o nome de Tasso para a disputa. Isso foi antes de
se aproximar de Camilo Santana (PT). Hoje, é aliado estratégico do governador,
pelo menos administrativamente.
Tasso, porém, trata de se esquivar.
Nega intenção de ser candidato, após três passagens pelo Governo do Estado.
Resiste aos apelos dos aliados. E defende o nome de Wagner na disputa. O
capitão, por sua vez, queria Tasso na disputa.
Wagner até admitiu concorrer, mas se
deparou com a conjuntura inglória. Limitação de palanque imposta por Tasso,
falta de recursos, Eunício se debandando para o lado governista, Camilo Santana
com candidatura bastante estruturada. Também desistiu.
O fato é que, hoje, a oposição no Ceará
está perdida, sem rumo, sem perspectiva. Não tem candidato. Ou aposta numa
novidade – quem sabe para construir um nome pensando no futuro, mas sem chances
reais na disputa – ou terá de convencer um dos três caciques a mudar de ideia.
No cenário de hoje, um resultado que
não seja a reeleição de Camilo seria surpreendente.
Blog Eliomar de Lima
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