26/01 - A
capa da edição antecipada da Veja – deveria dizer, talvez, uma edição
comemorativa? – revela, finalmente, uma verdade sobre não apenas com o que
desejava esta sua campanha de anos ,as, também sobre o sentido da condenação de
Lula.
Sim, é isso mesmo, a condenação e a desejada prisão de Lula são, a rigor, o mesmo agora e o mesmo que se refletia na sua foto do DOPS, em plena ditadura.
Não é a primeira condenação de Lula pela Justiça, falta a revista dizer. Por conta das greves do ABC, foi sentenciado a três anos e meio de detenção “por incitação à desordem coletiva”, em 1981.
Pouco importa se o beleguim da vez já não é o delegado Sérgio Paranhos Flery, mas moro e seus três adoradores do TRF-4.
O sentido é o mesmo: extirpar um símbolo da “desordem”, para que prevaleça a ordem onde só o povo perde e o Brasil se vende.
Não é preciso dizer que em pouco tempo seriam Leonel Brizola, Tancredo Neves, Franco Montoros, os que foram à cadeia apoiar Lula os governadores dos mais importantes estados do Brasil.
Nem
que o próprio preso e condenado, em dias décadas, o Presidente eleito do
Brasil.
O
caminho agora será percorrido mais rapidamente.
É
que o povo brasileiro já viu a face da esperança e a reconhece, não importa
quantos cartazes a Veja e a mídia lhe preguem.
POR FERNANDO BRITO · 26/01/2018
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