11/01 - Na
entrevista de hoje ao Estadão, Michel Temer pavoneia-se de ser
cortejado por todos os candidatos – exceto aquele que “não pode ser candidato”
– e apresenta-se como o dono de um “legado” que deixa mudos todos os que
apoiaram e participaram a conspiração que o levou ao poder. Afinal, quase diz
ele, “eu fiz o que vocês queriam”.
Do
alto da caneta – e do cofre – presidencial e do latifúndio de tempo de
televisão do PMDB, Temer parece ignorar o clima de “barata voa” que está
instalado em seu governo. E do nanismo dos candidatos que estão postos ou
semipostos: um Ministro da Fazenda candidato de si mesmo de parte do
“mercado” e um presidente da Câmara em situação quase idêntica, exceto porque
tem uma curriola de deputados consigo, além do “menino do vizinho”, que não
cresce e anda meio enxotado pelo avô Fernando Henrique.
Autoilude-se
com o clima de “enterro dos ossos” de seu período e apregoa o apetite da
matilha como seu “prestígio”:
“Todo mundo quer ser ministro!”
Pelas
últimas nomeações, o truculento Carlos Marun e a enroladíssima Cristiane
Brasil, vê-se de que mundo vêm este “todos”.
Não
há, no campo do centro e da direita, um candidato que o respeite, mas também
não há nenhum forte o suficiente para desprezar o seu dote e muito menos
confrontá-lo.
Assim,
todos vão “empurrando com a barriga” as definições e, com isso, criando um
clima fértil para os aventureiros.
Que
serão os grandes “vencedores” da “eleição” de três eleitores, no Tribunal
Federal que, no dia 24, se substituirão ao povo brasileiro para dizer quem pode
e quem não pode ser votado.
E
aí, sim, Temer estará com tudo para, com tempo e dinheiro, defender o seu
“legado”.
Legado
maldito.
Tijolaço
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