15/01 - Ontem
foi a vez de Rodrigo Maia se juntar à penca de candidatos que torcem por uma
decisão judicial que exclua Lula da disputa presidencial mas que, aos jornais
declararam que gostariam que ele pudesse concorrer.
Entre
os principais nomes, só Jair Bolsonaro, na sua brutal sinceridade autoritária,
diz – foi assim que falou na Rede TV – que para ele “é bom” que Lula seja
condenado e saia das urnas de outubro.
Os
outros evitam ser sinceros porque, todos eles, sabem por suas permanentes
sondagens de opinião que há uma crescente percepção de que se vai fazer não um
julgamento, mas uma execução política e, como se faz desde Pilatos, evitam
sujar explicitamente as mãos de sangue.
Menos
por eles e mais pelo processo político, é sintomático que o clamor pela
exclusão de Lula, pela via do assassínio judicial de seus direitos políticos, é
algo que só sobrevive, em estado bruto e expresso, nos segmentos mais
direitista e “mercadistas” – o outro quisto onde se encontra o desejo confesso
de uma condenação.
Há
uma crescente percepção de que, como diz hoje Luís Costa Pinto em novo e
excelente artigo no Poder360, ninguém terá forças para
resistir “ao processo de denúncia da ilegitimidade do pleito de outubro caso
escolham o atalho para o salto nas trevas”.
Há
duas formas de derrotar Lula. Uma é difícil, embora possível: nas urnas. Outra,
bem mais fácil, tirá-lo do pleito.
A
solução fácil, porém, já se anuncia como algo que é obter o ovo de ouro matando
a galinha da democracia.
O
último que o tentou está aí, reduzido a um mulambo político: Aécio
Neves.
Por Fernando Brito
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