14/12 - Para o partido, a possibilidade mais concreta de Lula ser candidato é
recorrendo a instâncias como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo
Tribunal Federal (STF). Por enquanto não se fala no PT em substituir Lula por
outro candidato.
No entanto, alguns dirigentes lembram que, se há um ponto positivo no calendário do TRF-4, é o fato de o julgamento ter início oito meses antes da eleição. Com isso, haveria tempo para o partido construir um "plano B", que pode ser o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ou o ex-governador da Bahia Jaques Wagner.
A estratégia do PT é investir na imagem de Lula como "perseguido político". Nos três atos dos quais participou na capital, o ex-presidente insistiu no discurso de que tudo está sendo feito por PF, Judiciário e MPF para tirá-lo da disputa eleitoral em 2018. O petista e seus aliados vão insistir na tese de que ele é inocente.
"Não quero que vocês tenham um candidato a presidente que esteja
escondido na sua candidatura porque ele é culpado e não quer ser preso. Quero
ser inocentado para poder ser candidato", disse o ex-presidente, em
reunião com as bancadas do PT da Câmara e do Senado.
'REVOLTA'
Condenado pela Justiça, mas em liberdade provisória, o ex-ministro José
Dirceu conclamou os militantes a transformar o dia 24 de janeiro em "dia
da revolta". "A hora é de ação, não de palavras. De transformar a
fúria, a revolta, a indignação e mesmo o ódio em energia, para a luta e o
combate. Todos em Porto Alegre no dia 24, o dia da revolta. É hora de
denunciar, desmascarar e combater a fraude jurídica e o golpe político",
escreveu ele.
Segundo o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, há tempo para o PT buscar
alternativas. "Se Lula for impedido, o que é uma possibilidade viva na
situação atual, o PT deve lançar outro candidato ou apoiar um candidato que
consiga unificar o campo da esquerda e da centro-esquerda."
O Estadão
O Estadão
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