12/12 - Dono
de pautas genéricas e de apelo popular como “combate à corrupção”,
defesa dos “valores cristãos” e
de leis mais rígidas para punir criminosos, Jair Bolsonaro é ídolo de uma massa
pouco instruída politicamente e revoltada com o que ele chama de “políticos tradicionais”.
Contudo,
uma análise nas últimas declarações de bens do deputado federal indica que o
maior compromisso do patriarca do clã político Bolsonaro é com a própria saúde
financeira.
De
acordo com dados do TSE, entre os pleitos de 2010 e 2014 a renda do
parlamentar subiu 97%, já levando em consideração os efeitos da inflação sobre
o valor declarado em 2010.
Em
2010, a renda por ele declarada foi de R$ 826.670,46. Quatro anos mais tarde,
saltou para R$ 2.074.692,43, valor que inclui cinco imóveis, entre os quais
dois que não constavam na declaração anterior.
São
duas casas localizadas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Uma está
registrada com o valor de R$ 400 mil e a outra de R$ 500 mil, bem abaixo do
preço médio dos imóveis na região repleta de mansões.
A
diferença entre os valores no documento apresentado à Justiça Eleitoral e o
preço de mercado é comum nas declarações de bens dos políticos e está dentro de
legislação, que permite a declaração do valor constatado durante aquisição do
bem, sem exigir a atualização nos casos de valorização.
Este
detalhe não indica irregularidades por parte de Bolsonaro, embora mostre que na
realidade ele é mais rico do que a sua declaração de bens deixa a entender.
PragmatismoPolítico
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