09/12 - Na capa do O POVO de sábado passado,
uma das mais significativas imagens políticas do Ceará neste ano — e do Brasil
nos últimos tempos. Foi feita pela repórter fotográfica Tatiana Fortes, em
Limoeiro do Norte. Em evento com o governador Camilo Santana (PT), o
senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) fez o L, de Lula, sobre o
palanque. “Eu sou Lula”, confirmou ele.
Eunício é presidente do Congresso
Nacional. Está entre as personalidades mais poderosas da política brasileira.
No PMDB, está em função que só perde em importância para a de Michel Temer.
Pois, o segundo peemedebista mais
poderoso do País, cacique no regime que ascendeu com a queda de Dilma Rousseff
(PT), diz que apoia o pré-candidato petista.
Isso é muita coisa. Como entender o
gesto? O primeiro passo é observar as pesquisas de opinião pública sobre o
Nordeste. No Datafolha da semana passada, Lula lidera a pesquisa, com 37% em
todo o País. No Nordeste, ele tem 58%. São 21 pontos percentuais a mais.
Segundo
colocado, Jair Bolsonaro (PSC) tem 11%. Com carreira política na região, Ciro
Gomes (PDT) tem 7% entre os nordestinos. Na pesquisa espontânea, Lula tem 29%
no Nordeste. Ele lideraria com folga a pesquisa estimulada só com as intenções
de voto da espontânea. É impressionante.
Então, Eunício sabe que um candidato
majoritário terá dificuldades extras para ser bem-sucedido na região sem estar
ao lado de Lula. O presidente do Senado pode ser muita coisa, mas não é
kamikaze. Tem instinto de sobrevivência dos mais aguçados.
Mas, há outro passo para entender o
gesto de Eunício em relação a Lula. É preciso olhar para a eleição em que o
peemedebista virou senador, em 2010. Então presidente da República, o petista
teve absoluto protagonismo nas definições.
Via
blog Eliomar de Lima
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