A
Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22/11), a operação
"Chequinho", mirando os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony
Garotinho e Rosinha Garotinho. Oex-governador foi preso em seu apartamento, na
praia do Flamengo, Zona Sul da cidade, enquanto sua esposa foi encontrada em
casa, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
Os
dois são acusados, junto a mais seis pessoas, de integrarem uma organização
criminosa que arrecadava recursos ilícitos com empresários. A ideia era que
esse dinheiro fosse usado para financiar as próprias campanhas eleitorais e a
de aliados. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo,
outros alvos da operação são o ex-secretário do governo de Rosinha e o
ex-minitro dos transportes Antônio Carlos Rodrigues.
O
esquema de repasses ilícitos foca a campanha de 2014 e foi delatado pelo
diretor de Relações Instituicionais da JBS, Ricardo Saud. Segundo ele, o valor
teria sido de R$ 2,6 milhões, via caixa dois, à camapanha de
Garotinho. A operação Chequinho investiga a compra de votos em troca
de cadastro no programa "Cheque Cidadão"
O
município de Campos dos Goytacazes foi administrado por Rosinha por dois
mandados consecutivos, entre 2009 e 2016. Um dos alvos da operação é um
ex-secretário de Rosinha, cujo nome não foi revelado. Os agentes fizeram buscas
em sua casa e ele foi levado para a sede da polícia federal na cidade.
A
Operação Chequinho investiga um esquema de compra de votos em Campos. Segundo o
Ministério Público Estadual, em troca dos votos, a prefeitura oferecia
inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a
cada beneficiário.
A
operação começou em setembro do ano passado, quando o MPE e a PF viram um
"crescimento desordenado" do Cheque Cidadão. Em apenas dois meses, o
número de inscritos passou de 12 mil para 30 mil.
Correio Braziliense
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