Os
deputados estaduais estão com olhos voltados para 2018. Muitos deles estarão
buscando a reeleição e outros com planos de concorrer a uma vaga na Câmara dos
Deputados. Mas, além disso, já estão atentos a movimentação dos adversários.
Ontem,
da tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado Fernando Hugo (PSDB)
cobrou do Ministério Público Eleitoral (MPE) fiscalização para campanhas
realizadas antes do prazo permitido.
O
parlamentar chamou atenção para informações onde secretários de governo e
prefeitos estariam recrutando pessoas para as campanhas do ano que vem.
“Temos
campanhas de pessoas que ocupam cargos públicos já correndo e o Ministério
Público não toma nenhuma providência”, frisou ele, acrescentando que o órgão se
dedica muito mais à fiscalização no dia da eleição do que antes, o que alimenta
a cultura do “voto de cabresto”. Para ele, as ações de fiscalização devem
começar de agora, “onde pessoas já estão sendo contratadas a peso de ouro para
trabalhar em campanhas”.
Com
a aprovação do fundo eleitoral, o deputado acredita que as próximas eleições
serão as “mais corruptas” da história do País. “Se com doações já existia caixa
dois, imaginem agora com uma quantia pré-determinada? Essas pessoas que têm a
caneta na mão sairão bem à frente”, salientou o parlamentar.
Por
outro lado, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) acredita que a população terá
“discernimento” para escolher seus candidatos, acompanhando quem já tem uma
história de trabalho e dedicação e aqueles que chegaram de “paraquedas” na
política.
De
acordo com as normas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a propaganda
eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
Biometria
O
presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Zezinho
Albuquerque (PDT), por sua vez, chamou atenção para a importância do
cadastramento biométrico, tendo em vista a proximidade das eleições de 2018.
Segundo Zezinho Albuquerque, o processo dará maior segurança à identificação do
eleitor no momento da votação.
“A
biometria garante que o eleitor seja único no cadastro eleitoral e que, ao se
apresentar para o exercício do voto, seja o mesmo que se habilitou no
alistamento eleitoral. Isso garante mais segurança ao nosso processo
democrático”, destaca ele.
Segundo
dados do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), o Ceará já possui o
total de 61% de eleitores cadastrados, e a meta é cadastrar, até maio de 2018,
o percentual de 75% do eleitorado em todo o Estado. Na Capital, foi atingido o
índice de 30%, totalizando 525.317 eleitores com biometria.
O
Estado/CE
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