A
Rede Globo decidiu banir Pedro Cardoso de suas produções, sem prazo para
retorno. O alto escalão da emissora considera que o ator tem falado o que não
deveria. As informações foram publicadas pelo Notícias na TV.
Pedro
teria magoado os executivos da emissora por se posicionar politicamente e
criticar a própria Globo. Ele passou mais de 30 anos na Globo, como roteirista
de programas como TV Pirata e como ator. Só em A Grande Família,
interpretando o malandro Agostinho Carrara, foram 14 temporadas. Com o fim do
seriado, a Globo não apresentou novos trabalhos a Cardoso.
Em
julho de 2015, Pedro chamou a TV de “acovardada e conservadora” e criticou a
falta de transformações na programação: “O país mudou, mas a TV está igual ao
Brasil do Fernando Henrique. Se a gente ficar fazendo a televisão que era da
época dele, o público vai fazer outra coisa”, alfinetou.
“Eu
achava que a Globo me ofereceria um horário para eu desenvolver um projeto
autoral. Mas tiveram o mais absoluto desprezo pelo meu trabalho lá dentro”,
disse Cardoso.
Pedro
afirmou ainda que não se preocupava com as consequências de suas declarações.
“Se o preço da minha liberdade for esse, eu vou pagar feliz. Eu acho que o
artista tem um compromisso muito grande com a verdade. Você tem que falar o que
pensa e dizer a verdade”, minimizou. Como previsto, foi banido do canal.
Filho
de Taís Araújo
Na
última semana, Pedro Cardoso protagonizou um episódio histórico ao se levantar
e deixar um programa ao vivo na Rede EBC.
O
ator, que participava do “Sem Censura”, abandonou a atração em solidariedade
aos trabalhadores em greve e ainda homenageou Taís Araújo, atacada pelo
presidente da emissora.
Luciano
Huck
Convidado
do “Programa Porchat” desta segunda-feira, 27 de novembro, Pedro Cardoso falou
sobre politica, avaliando o cenário das eleições de 2018.
“Tem
muita celebridade querendo ser presidente. Acho que eu também vou. Basta ser
famoso”, alfinetou, sem citar o nome de Luciano Huck.
Pedro
Cardoso afirmou que é preciso usar a razão. “É o momento para pouca paixão.
Ficar odiando ou amando alguém vai criar uma distorção da realidade. Uma coisa
os políticos têm iguais: todos falam, nenhum ouve. Eu se tivesse que escolher
um presidente, seria um que apenas ouvisse, pois sabemos o que queremos, só não
temos quem nos ouça”.