Líderes
da oposição na Câmara anunciaram que não vão registrar presença na sessão
plenária desta quarta-feira, 25, quando está marcada a votação da denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os
ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da
Presidência). O objetivo é tentar impedir que a votação ocorra, deixando Temer
“sangrando” por mais tempo.
Para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), possa começar os procedimentos da votação, é necessário que pelo menos 342 dos 513 deputados registrem presença no plenário. Esse é o mesmo quórum mínimo exigido pelo regimento interno da Casa para que a denúncia da PGR seja aceita. Juntos, partidos da oposição reúnem cerca de 100 deputados, o que, somados à ala oposicionista do PSB, pode chegar a 120 parlamentares.
“A responsabilidade de dar quórum é do governo. Mas é claro que, se o governo der quórum, nós vamos para o embate”, afirmou em entrevista coletiva o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). Ele afirmou que os “dados” da oposição mostram que Temer pode sofrer uma derrota na votação desta quarta-feira. “A vaca pode ir para o brejo amanhã”, declarou o petista.
Ciente desse movimento da oposição, lideranças governistas na Câmara tentam mobilizar os deputados da base para que compareçam a sessão e marquem presença, mesmo os que vão votar contra o presidente. “Vamos monitorar a chegada dos deputados a Brasília para garantir que a sessão ocorra. Precisamos até mesmo que aqueles que vão votar contra registrem presença”, disse ao Broadcast Político o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE).
Isto É
Nenhum comentário:
Postar um comentário