A discussão e votação do parecer
do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que é contra a admissibilidade da
denúncia contra o presidente Michel
Temer e os ministros da
Casa Civil, Eliseu
Padilha, e da
Secretaria-Geral, Moreira
Franco, vão dominar os debates
desta semana na Câmara dos
Deputados. A votação do parecer, que foi aprovado na Comissão de Constituição e
de Justiça (CCJ) por 39 votos a 26, com uma abstenção, está prevista para
quarta-feira (25), e a sessão começa às 9h.
Na denúncia apresentada pelo então procurador-geral
da República Rodrigo
Janot, em setembro, o presidente da República é acusado de
ser um dos líderes de uma organização criminosa que atuava na Câmara. Os dois
ministros são apontados como integrantes do grupo.
Embora
o governo precise de 172 votos, ou seja, o voto de um terço mais um dos 513
deputados, para impedir que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF)
a investigar o presidente da República e os ministros, líderes aliados do
governo intensificam os trabalhos em busca de um número expressivo de apoios ao
parecer de Bonifácio de Andrada, que é contra a autorização de abertura de
investigação. Os governistas também trabalham para que compareça à votação um
grande número de deputados.
A votação será por chamada nominal, por ordem
alfabética, por estado, alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa.
Concluída a votação e tendo votado ao menos 342 deputados, será proclamado o
resultado. Para que a Câmara autorize o STF a iniciar as investigações contra o
presidente e os ministros são necessários, no mínimo, 342 votos contrários ao
parecer de Andrada.
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