A
Petrobras anunciou, ontem, o quarto aumento consecutivo no preço da gasolina –
já em vigor –, sob o argumento de que os preços internacionais subiram devido a
uma série de problemas gerados devido à passagem do furacão Harvey, nos Estados
Unidos. “Na última semana, em face dos impactos do furacão Harvey na operação
das refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e derivados no Golfo do
México, os mercados de derivados sofreram variações intensas de preços”, disse
a Petrobras, em comunicado.
Desta
vez, a alta será de 3,3%, que passou a valer desde a zero hora de hoje.
Considerando os reajustes anteriores, a gasolina vendida pelas refinarias da
Petrobras fica 11% mais cara do que no fim de agosto. O preço do diesel sobe
0,1%, informou a estatal – o sexto aumento seguido, com alta acumulada de 8,9%.
Pela primeira vez desde que a política de preços foi revista, em junho, o
reajuste teve que ser decidido pelos executivos que formam o Gemp (Grupo
Executivo de Mercado e Preços) – o presidente da empresa, Pedro Parente, e os
diretores Financeiro e de Refino e Gás, Ivan Monteiro e Jorge Celestino. A
política dá autonomia à área técnica para decidir por reajustes, desde que a
variação acumulada em um mês não passe de 7% – para cima ou para baixo.
O
aumento é nas refinarias e está de acordo com a nova política de preços da
estatal, que utiliza como base “o preço de paridade de importação, que
representa a alternativa de suprimento oferecido pelos principais concorrentes
para o mercado – importação do produto”. Após dois meses em vigor da nova
política de reajuste do preço dos combustíveis, a Petrobras avaliou como
positiva a mudança implantada em 3 de julho, com aumentos ou reduções quase
diários da gasolina e do óleo diesel.
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