29 de agosto de 2017

REFORMA POLÍTICA: CÂMARA VOLTA A DISCUTIR ‘DISTRITÃO’ E FUNDO ELEITORAL

Os deputados federais voltam a debater em plenário, nesta terça-feira (29), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma política. Entre as propostas a serem votadas estão a mudança na forma de eleger deputados e vereadores e a implementação de um fundo eleitoral para bancar campanhas político-eleitorais já em 2018.

Na última quarta-feira, os deputados decidiram fatiar a análise das propostas da reforma política. A primeira etapa excluiu a destinação de 0,5% da receita corrente líquida, cerca de R$ 3,6 bilhões, para o custeio das campanhas.

A partir de agora, os parlamentares se debruçam sobre o segundo assunto: o chamado “distritão”. Nesse sistema, são eleitos os mais votados, como já ocorre na eleição para senador e para cargos do Poder Executivo. Se passar, essa regra já valerá em 2018 e 2020.

A partir de 2022, a PEC prevê o sistema distrital misto, em que o eleitor faz dois votos: escolhe um candidato e um partido. Metade das vagas vai para os candidatos mais votados nos distritos; e as outras são preenchidas pelos desempenhos dos partidos, seguindo uma lista divulgada antes das eleições.

Atualmente, deputados e vereadores são eleitos pelo sistema proporcional, em que a distribuição das cadeiras leva em conta o desempenho de candidatos, partidos e coligações.

Depois do “distritão”, os deputados vão votar o fundo público para custear campanhas eleitorais. Porém, não existe um consenso sobre a criação deste fundo, que pegaria muito mal com a opinião pública.

Na última quinta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou essa falta de acordo entre os partidos para a criação do fundo. O democrata aposta que a campanha eleitoral de 2018 será feita só com os R$ 800 milhões do atual Fundo Partidário.
R7 

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